THE LANCET COMMISSION FOR NCDI OF POVERTY

ANA OLGA MOCUMBI, VICE-PRESIDENTE DO MIHER, PESQUISADORA SÉNIOR NO INSTITUTO NACIONAL DE SAUDE E PROFESSORA ASSOCIADA NA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE É CO-LÍDER DA “THE LANCET COMMISSION FOR NCDI OF POVERTY

ANA OLGA MOCUMBI CO-LÍDER DA THE LANCET COMMISSION FOR NCDI OF POVERTYThe Lancet Commission for Non-Communicable Diseases and Injuries (NCDI) of Poverty, é um grupo de trabalho multissectorial de âmbito global, constituída face a constatação de que as Doenças não Transmissíveis e Lesões, afectam a qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo, principalmente nos países de fraca e média renda. O objectivo central da Comissão é repensar, numa base analítica, as políticas globais e alargar a actual agenda de Prevencao e Controle das Doenças Não Transmissíveis para que esta tenha também enfoque nas populações mais pobres do mundo, contribuindo assim para a catalização de sinergias necessárias para o alcance da equidade na prestação de cuidados de saúde global e  na erradicação da pobreza. Neste grupo de trabalho, a Professora Ana Olga Mocumbi partilha a presidência com o distinto Pesquisador e Professor da Universidade de Harvard, Doutor Gene Bukhman.

Esta Comissão, com forte representação de especialistas de saúde e áreas científicas relacionadas, é composta por 24 personalidades com reconhecida experiência em assuntos globais de Doenças Crónicas Não Transmissíveis e Trauma, Epidemiologia, Economia, Gestão de Sistemas de Saúde, Politicas de Saude e Governação/Governance. O grupo inclui para além de prestigiados pesquisadores em ciências de saúde, personalidade como Chelsea Clinton, Vice Presidente da Fundação Clinton, Agnes Bunagwaho, antiga Ministra da Saúde de Ruanda, entre outras eminentes figuras de renome mundial, provenientes dos 4 cantos do mundo.

A Comissão está organizada em seis grupos de trabalho. O primeiro grupo centra-se na definição do peso das Doenças Não Transmissíveis e Trauma (DNTT) na população mais pobre do mundo, as suas causas e consequências. O segundo avaliará o custo e as consequências das DNT associadas à pobreza, e estabelecerá mecanismos de definição de prioridades de plataformas e pacotes integrados de prestação de serviços de saúde. O terceiro grupo examinará a oportunidade de moldar o mercado de bens e serviços associados a essas intervenções integradas para que este responda às necessidades de controle de DNT na população mais pobre do mundo. O quarto grupo explorará aspectos ligados a colaboração e acção multissectorial. Oportunidades de financiamento inovador global e nacional para DNTT afectando os mais desfavorecidos serão exploradas pelo quinto grupo. Finalmente, o sexto grupo irá rever a história da advocacia para outras iniciativas de saúde global em busca de lições para a construção de movimentos rumo à equidade na área de DNTT.

Os Membros da Comissão irão produzir um “documento quadro” de análise da situação das DNTT nas população mais pobre do mundo, indicando oportunidades de investimentos na provisão de serviços e mecanismos de desenvolvimento de plataformas para aumento do acesso a cuidados para DNNT neste grupo socialmente desfavorecido. A Comissão tem também a responsabilidade de replicar algumas das suas propostas em 10 países distribuídos por varias regiões geográficas, incluindo em Africa Moçambique, Etiopia, Tanzania e Rwanda.

Assim, sob a coordenação da Doutora Ana Olga Mocumbi, Moçambique constituiu a sua Comissão Nacional de Doenças Não Transmissíveis e Trauma relacionado coma  pobreza em Janeiro de 2016. Esta inclui vários pesquisadores, especialistas e personalidades com experiencia na definição de politicas de saúde em Mocambique, tendo definido com o objectivo primário, examinar o estágio actual das prioridades políticas nacionais para as DNTT, premissa a partir da qual, a Comissão desenvolverá um relatório propondo actividades de Advocacia, de Vigilância Epidemiológica, de Promoção da Pesquisa e de identificação de prioridades de acção programática.

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